sexta-feira, agosto 12, 2011

Postado por Mayara Azalscky às sexta-feira, agosto 12, 2011 0 comentários

Você lembra? Eu odiava sua falta de humor. Eu tinha vergonha de te contar os detalhes dos meus sonhos. Você lembra? Eu implicava com suas manias e amava mexer no seu cabelo. Lembra? Eu sei que lembra… Nós sorríamos e eu nem precisava dizer nada para você desvendar até os meus suspiros mais baixos. Eu não conseguia deixar de sorrir quando você estava perto. Lembra? Lembra de como era irritante e de como adorava me deixar constrangida? Lembra de como elogiava até os fios dos meus cabelos e passava a mão sobre a minha quando eu sentia frio? Lembra de como apertava meu nariz gelado e de como me abraçava forte e o mundo lá fora desaparecia? Você lembra como eu sentia ciúmes e como eu escondia mal? Lembra como você pegava no meu pé? Lembra de todas aquelas tardes e de todas as percas de tempo?Lembra de como éramos um do outro, ou não éramos, mas fingíamos?Lembra…? Você se lembra. Eu tenho certeza. Talvez não faça pra você a tamanha falta que me faz, mas eu ainda me lembro. Lembro de todas as vezes em que brigávamos por nada e depois sorríamos. Eu lembro das vezes em que me acordava cedo com um sms, ou durante a madrugada. Eu me lembro de como você se importava. Lembro de como eu corria atrás… eu me lembro que não existia tempo. Temíamos. Nós éramos duas crianças adultas que tinham medo de amar. Éramos cabeças pequenas e corações grandes demais. Mas escondíamos, um do outro ou talvez de nós mesmo. Você lembra? Lembra de como evitávamos tocar na palavra “amor”? Não foi nada do que esperávamos. Foi melhor, foi diferente e ainda sim sumiu. E agora pego-me perguntando “será que você lembra e sente tanta falta, assim como eu?”. Só queria te ter por mais um dia. Um dia daqueles só nossos. Para que eu pudesse te mostrar o quanto é difícil sem você. Mas passa. Porque você disse que passaria. Lembra? Eu lembro
Postado por Mayara Azalscky às sexta-feira, agosto 12, 2011 1 comentários




Copo cheio, coração vazio. Cicatrizes nos braços, nas mãos. Entornando-se de lembranças, de passados. Trago-a em mente a garota dos sonhos, mas em estado sóbrio sabe-se que nunca será sonho. Por medo, por ansiedade ou por desprazer, mas conhecê-la era uma finalidade de que levava a várias ocasiões. Não era linda, mas chamava atenção. Odiava o cabelo, mas em frente ao espelho se via importante. Só em frente ao espelho, enquanto se olhava só. Não comparava-se. Mas devia tê-la emprestado a esperança, pois não tinha. Nunca teve. Só esperava e sorria, mesmo quando sabia que nada iria acontecer. E o coração continuaria vazio e as cicatrizes inteiras.
Postado por Mayara Azalscky às sexta-feira, agosto 12, 2011 0 comentários


Eu pensei que seria tudo fácil e que em hipótese alguma eu ainda lembraria do seu nome. Eu pensei que eu iria esquecer, apagar da memória. Que nem as marcas mais fundas ficariam para que eu lembrasse da sua existência. Eu pensei que todos os sorrisos que você colocou no meu rosto fossem sumir, que apareciam pessoas para fazer isso no seu lugar. Eu pensei que as brincadeiras, a confiança, o carinho… eu pensei que nada disso faria falta, que eu não ia ouvir músicas e lembrar do seu nome, mas eu me enganei. Profunda e amargamente. Porque não importa o quanto eu negue para o mundo inteiro, não importa toda a dor e toda a confusão. Eu sinto sua falta. Eu sinto falta da nossa amizade, das vezes em que você tentava me sorrir. Sinto falta de ser a sua pequena. Às vezes eu pensava que era fácil e simples, mas não era. A diferença era que eu tinha você.

domingo, agosto 07, 2011

Só dor...

Postado por Mayara Azalscky às domingo, agosto 07, 2011 0 comentários

Não havia mais chamadas perdidas. Novas mensagens. Cartas. Tava tudo tão parado. Tudo tão estranho. A chuva batia contra a janela e emitia um som melancólico. A música que tocava no rádio lembrava-me incisivamente você. Eu estava vazia. Respirar doía; existir estava sendo um peso. Sentada no sofá, observando os pássaros se abrigando na árvore mais próxima, e deixando as lágrimas escorrerem. Era tudo o que havia me restado. Só dor. Você havia partido.

sexta-feira, agosto 05, 2011

Me despi de todas as teorias para amar você.

Postado por Mayara Azalscky às sexta-feira, agosto 05, 2011 1 comentários


Eu amei você, enquanto esperava o telefone tocar nos finais de semana vazios e cansativos. Eu amei você, enquanto a noite caia e eu tinha certeza da sua vida longe da minha. Eu amei você, quando sempre achávamos um jeito de construir nosso mundinho de ilusões necessárias. Eu amei você, nas minhas festas sozinhas, nas madrugadas tristonhas deparadas com meus erros. Eu não controlei todas as coisas, nem a mim. Eu não deixei que as pessoas vigiassem meus sonhos e me dissessem o quanto era loucura ou o quanto de erro tinha na nossa estória. Ficaram os restos de você que o tempo se encarregou de guardar aqui dentro e resgatar uma vez ou outra pra que eu ache conforto enquanto choro por alguém que não chega aos seus pés. Agora eu sei que te encontrei pra entender todas as coisas que entendo hoje. E sobretudo, que o muito será sempre pouco pra quem provou um amor (incomparável) como o seu...
 

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